COMBATER O FEL COM A DOÇURA DO MEL
É desafiador investir energia em fazer o bem
para pessoas que constantemente nos atacam com amargura. Depois de hesitar
bastante, optei por seguir adiante de qualquer forma. Percebi que, ao agir
assim, não estou indo contra meus princípios, mas sim reconhecendo a
necessidade dessas pessoas, mesmo que elas próprias não percebam.
É possível que você, ao ler isso, se
identifique com algumas situações semelhantes. Por exemplo, dedicar mais de
cinco horas acompanhando alguém em um procedimento cirúrgico, passando fome,
sono e exaustão, apenas para, uma semana depois, essa mesma pessoa falar mal de
você com alguém que também nutre ressentimentos contra você. Chegar lá
esperando saber como foi a recuperação e se deparar com um ambiente hostil e
caras fechadas é desconcertante.
Nesses momentos, surgem questionamentos: o que
está acontecendo? Será que fiz algo de errado? Como lidar com essa situação?
Outras vezes, dedicamos todo o nosso ano para
ajudar alguém, mas quando chegam as festas de fim de ano, somos surpreendidos
por uma enxurrada de mentiras sobre nós, percebendo que não há espaço para
nossa presença nesses momentos.
Com o passar do tempo, fica claro que não
fazemos parte da vida dessas pessoas; somos meros espectadores, como
estagiários que nunca serão efetivados.
Até que ponto isso é saudável? Por que essas
pessoas são tão facilmente influenciadas negativamente por outros contra nós?
Qual é a necessidade delas de mentir para proteger alguém?
A resposta pode estar na carência. A carência
torna as pessoas vulneráveis, levando-as a fazer de tudo para proteger alguém
que nem mesmo gosta delas, apenas para evitar o sentimento de rejeição e
abandono. Essa pessoa pode manipular aqueles ao seu redor para se sentir
aceita, vivendo na constante paranoia de ser deixada de lado.
Antes de me conhecer, essa pessoa já tinha
problemas de rejeição, e ao me ver feliz e realizada, projetou em mim sua
inveja e ressentimento. Não se trata de superioridade de minha parte, mas sim
da incomodidade que minha felicidade representa para ela.
Após muitos conflitos e tentativas de resolver
a situação, percebi que a única solução era me afastar. Ficou claro que nem
minha presença, nem minha ausência, traziam felicidade a essa pessoa. O
problema não estava em minhas ações, mas em minha existência.
Como pode alguém nos ignorar, agir de má fé
conosco e depois distorcer a realidade como se fôssemos nós os culpados?
Essa pessoa é extremamente hipócrita e
manipuladora, apresentando uma fachada de gentileza e educação enquanto pratica
atos mesquinhos nos bastidores. Vive em constante busca por aceitação e
reconhecimento, chegando ao ponto de se humilhar para evitar a rejeição.
No entanto, por mais que ela tente camuflar a
verdade, a verdade sempre vem à tona. Chega um momento em que precisamos aceitar
que não podemos mudar as pessoas, apenas nos afastar delas e preservar nossa
própria paz.
Portanto, concluo que devemos fazer o que está
ao nosso alcance para ajudar alguém, mesmo que essa pessoa não pareça merecer.
No entanto, é importante agir no momento certo e manter uma certa distância,
não nos envolvendo em espaços que não nos pertencem.
Os verdadeiros momentos significativos são
aqueles realizados com amor genuíno, não movidos por interesses ou jogos de
poder. Não precisamos buscar validação externa; somos os protagonistas de
nossas próprias vidas.
Mesmo que o amor não seja recíproco, devemos
continuar amando, pois algumas pessoas fingem não gostar de nós por se sentirem
ameaçadas por outras que são inseguras e amargas. O amor verdadeiro sempre
vence no final.
Como diz o ditado, "passe mel na boca de
quem exala fel". O amor é a nossa fortaleza, e nada pode vencê-lo.